O valor de uma conta de energia elétrica é impactado por diversas variáveis. As bandeiras tarifárias presentes nas faturas dos brasileiros são umas das que mais geram dúvidas.
Basicamente, o ideal para o orçamento é que ela esteja sempre verde. Mas é importante saber as regras para que você consiga prever qual será o valor cobrado por quilowatt-hora (kWh) na conta de luz da empresa.
Saiba mais a seguir sobre como funcionam os critérios para estabelecer uma mudança de bandeira.
O que são as bandeiras tarifárias?
As bandeiras da conta de luz são um sistema criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2015 para determinar quando será cobrada uma tarifa maior.
O objetivo desse tipo de ação é compensar os gastos extras no uso das hidrelétricas. Isso depende diretamente do nível de chuva no país. Ou seja, quanto menor for a quantidade de água nos reservatórios, mais caro será o custo da energia.
Antes das bandeiras, as variações que ocorriam nos custos de geração de energia, para mais ou para menos, eram repassadas até um ano depois, no reajuste tarifário seguinte.
Para deixar esse sistema mais transparente, foram implementadas cores de bandeiras diferentes. Assim, todos sabem quando há diminuição na produção de energia e consequente elevação nos valores do consumo, e vice-versa.
Conhecer quando alguma bandeira está ativa é fundamental para moderar o consumo de eletricidade em uma empresa. Isso evita que o empresário seja surpreendido por um aumento de custo não planejado.
É importante ressaltar que o inverno brasileiro (junho a setembro) é caracterizado por registrar fortes estiagens em algumas regiões. Um estudo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) revelou que cerca de 55% do território nacional chegou a ficar comprometido por conta da seca em 2024, uma área de quase 4,6 milhões de quilômetros quadrados.
As cores das bandeiras
Existem três cores para as bandeiras tarifárias criadas pela ANEEL. Cada uma das tonalidades determina se haverá acréscimo na fatura e de quanto ele será. Confira a seguir quais são elas:
Verde
Essa bandeira indica que o nível dos reservatórios está favorável à produção de energia. Em outras palavras, isso significa que não há necessidade de fazer acréscimo na fatura.
Amarela
A bandeira amarela sinaliza que as condições não estão favoráveis, mas a situação também não é crítica. Portanto, há uma cobrança extra proporcional ao momento. Nesse caso, ela sofre um acréscimo de R$ 0,01885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido.
Vermelha
Neste tipo de situação, a produção de energia enfrenta fortes dificuldades. Quanto mais crítico o cenário, maior será o valor adicional aplicado na fatura. Ela é a única das bandeiras que é dividida em dois patamares:
Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada quilowatt-hora consumido.
Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada quilowatt-hora consumido.
Como a energia solar protege sua empresa das bandeiras
A energia solar é uma excelente alternativa para quem deseja produzir sua própria eletricidade, obtendo economia na conta de luz. Além disso, é uma forma de conquistar maior autonomia energética, sem depender totalmente do abastecimento da concessionária de energia.
Uma das maiores vantagens de investir em energia solar é ter maior estabilidade nos valores das contas de luz, já que a economia pode ser de até 95%. Outro benefício é que ela protege a empresa dos aumentos de bandeiras tarifárias.
Devido ao fato do sistema fotovoltaico utilizar menos energia que advém da rede distribuidora, a empresa tendo um custo pequeno com a fatura de luz. Como as bandeiras tarifárias incidem apenas na energia ativa consumida da rede, o consumidor economiza ainda mais.
Além disso, a bandeira tarifária é aplicada apenas na diferença entre a energia injetada na rede e a energia consumida da distribuidora.
Portanto, investir em energia solar é uma forma não apenas de economizar nas contas de luz, mas também de minimizar os impactos sofridos pelos consumidores diante das mudanças de bandeiras tarifárias.
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