Energia solar em um mundo cada vez mais eletrificado

Países têm investido em energia solar para atender a demanda de um mundo cada vez mais eletrificado

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), “o crescimento da procura mundial de eletricidade deverá acelerar para uma média de 3% nos próximos três anos, segundo o relatório do Mercado de Eletricidade da AIE”. A expectativa, de acordo com a AIE, é de que 70% do aumento da procura mundial por energia elétrica, nos próximos três anos, venha da China, da Índia e do Sudeste Asiático. 

“O forte crescimento das energias renováveis ​​significa que a sua quota no mix global de produção de energia deverá aumentar de 29% em 2022 para 35% em 2025, com a queda da quota de produção a carvão e a gás”, diz a agência.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) revelou que o Brasil tem capacidade atual de produção de 200 gigawatts (GW). Desse total, 84,25% são de fontes renováveis. A previsão de crescimento da geração de energia elétrica do país para 2024, segundo o órgão, é de 10,1 GW. Este será o segundo maior avanço anual já verificado pela Agência desde sua criação em 1997 – atrás apenas do crescimento de 10,3 GW em 2023.

“No total, a fonte de energia solar (linkar com o texto que eu fiz com o título “Entenda como funciona a energia fotovoltaica”) possui atualmente 40 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, somando as grandes usinas solares e os sistemas de geração própria de energia. A tecnologia responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira e tem contribuído de forma expressiva para a transição energética e a segurança do sistema elétrico nacional”, diz a Agência Nacional de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Qual a vantagem da energia solar?

“A fonte solar fotovoltaica tem sido cada vez mais fundamental no suporte ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em momentos de elevação das temperaturas, um desafio que pode se tornar ainda mais frequente com o aquecimento global em curso. Além de proteger o bolso do consumidor, a energia solar evita as emissões de gases de efeito estufa na geração de eletricidade do país, pois é uma fonte que não emite nenhum gás, líquido ou sólido durante a sua operação”, explica Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar.

Rodrigo avalia ainda que a maior geração solar fotovoltaica, em sistemas solares de pequeno, médio e grande portes, coincide com os horários de altas temperaturas e maior consumo de eletricidade no Brasil. Dessa forma, a fonte solar ajuda, na prática, a diminuir a pressão sobre o sistema elétrico nacional, contribuindo para diminuir custos sistêmicos que seriam pagos pelos consumidores do país.

Um mundo com mais eletrificação

Eletrificação é quando se faz a substituição de tecnologias ou processos que utilizam combustíveis fósseis, como motores de combustão interna e caldeiras a gás, por equivalentes movidos a eletricidade, como veículos elétricos ou bombas de calor. 

Estas substituições têm um impacto crescente nas emissões de gases que provocam o efeito estufa, uma vez que a produção de eletricidade é descarbonizada. 

Qual é o seu papel nas transições para energia limpa?

A eletrificação é uma das estratégias mais importantes para reduzir as emissões de CO₂ no Cenário de Emissões Líquidas Zero até 2050, em que  a maioria das reduções de emissões provenientes da eletrificação provém da mudança para o transporte elétrico e da instalação de bombas de calor.

Desafios a serem vencidos no Brasil e no mundo

Para alcançar todos os benefícios da descarbonização da eletrificação previstos no caminho Net Zero, a produção de eletricidade precisa mudar para fontes de baixo carbono, como as energias renováveis. As redes elétricas também precisarão expandir a sua capacidade e flexibilidade para acomodar a crescente procura de eletricidade.

A Absolar diz que há uma lacuna de arcabouços legal e regulatório robustos e de políticas públicas que estimulem o uso das tecnologias de armazenamento energético no Brasil. Há a necessidade de avançar com a construção de uma regulamentação favorável, processo em andamento na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), por meio da Consulta Pública ANEEL nº 039/2023.

Outro desafio nesta área é a implementação de medidas para a equalização da carga tributária (redução de impostos sobre as baterias), justamente para tornar a tecnologia acessível a todas as camadas da população, para uso pelos consumidores. Atualmente, a carga tributária sobre baterias chega a somar mais de 80%, o que inviabiliza diversas aplicações possíveis no mercado.

Equiparar estes impostos aos aplicados às fontes renováveis, uma medida de isonomia amplamente justificável, solucionaria a questão e abriria imensas oportunidades ao Brasil na atração de investimentos e geração de empregos verdes neste novo segmento.

Os benefícios da energia solar para o sistema e para a sociedade 

Um estudo da Volt Robotic, encomendado pela Absolar, mostra que, ao calcular os custos e benefícios da geração distribuída (GD), a economia líquida na conta de luz dos brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2030.

“Além de proteger o bolso do consumidor, a energia solar evita as emissões de gases de efeito estufa na geração de eletricidade do país, pois é uma fonte que não emite nenhum gás, líquido ou sólido durante a sua operação”, explica Carlos Dornellas, diretor técnico regulatório da Absolar.

A maior presença das fontes renováveis na matriz elétrica nacional é ambientalmente desejável, tecnicamente sólida e economicamente viável, conforme demonstrou o projeto “Sistemas Energéticos do Futuro: Integrando Fontes Variáveis de Energia Renovável na Matriz Energética do Brasil”, com participação do Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Operador Nacional do Sistema (ONS), em parceria com a entidade do governo alemão Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).

As conclusões confirmaram que é possível aumentar significativamente a participação destas energias renováveis a um patamar de mais 40% do total, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade, com equilíbrio técnico e econômico para a expansão e operação do sistema elétrico brasileiro. As conclusões derrubam o mito de que as fontes renováveis, por serem variáveis, representem risco ao sistema elétrico.

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