Assim como a tecnologia, os projetos arquitetônicos estão em constante evolução, e um dos grandes responsáveis por isso são as preocupações contemporâneas relacionadas ao aquecimento global e ao esgotamento de recursos. Sendo assim, diversas edificações têm utilizado soluções estruturais e de gerenciamento para tornar suas operações mais sustentáveis.
Pensando nisso, iniciativas de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social, and Governance e que em português significa Ambiental, Social e Governança) têm se popularizado como um conjunto de critérios para medir o impacto de empresas, instituições e indústrias na saúde do planeta e na manutenção socioeconômica da região em que ela opera. A vertente ambiental é um dos pilares mais populares das iniciativas de ESG, que buscam minimizar o impacto negativo das atividades humanas na natureza e propõe soluções mais sustentáveis para reduzir:
- A emissão de gases de efeito estufa, que são um dos principais responsáveis pelas mudanças climáticas;
- O consumo de água e energia;
- O descarte de resíduos na natureza;
- O impacto sobre ecossistemas e habitats naturais;
- A emissão de poluentes que afetam biomas aquáticos.
Essas preocupações geraram mudanças significativas na administração de recursos dentro das instituições e também no estilo dos projetos arquitetônicos, já que existem alternativas que podem contribuir para que o projeto final seja mais sustentável e “eco friendly”, como é o caso de edificações que possuem placas solares.
Autonomia energética em projetos arquitetônicos ao redor do mundo
Museu do Amanhã – Rio de Janeiro, Brasil
Inaugurado em dezembro de 2015, o Museu do Amanhã é voltado para as ciências naturais e foi projetado para gerar reflexão sobre quais amanhãs serão originados a partir das nossas próprias escolhas, fomentando discussões e reflexões acerca do que o “amanhã” significa para uma sociedade que vem modificando profundamente o planeta e influenciando a existência dentro dele.
Com esse pensamento como base, o projeto arquitetônico do museu foi desenvolvido para servir de exemplo ao público, unindo o moderno ao ecologicamente correto e mostrando que é possível ser extremamente tecnológico sem causar impactos extremamente negativos à natureza. Um exemplo disso é a valorização da entrada de luz natural para redução da necessidade de luz artificial e a instalação de painéis solares na cobertura.
Durante o planejamento da edificação, o arquiteto espanhol Santiago Calatrava, que assinou o projeto do museu, desenhou uma cobertura com asas móveis que permitem a movimentação das placas de acordo com a trajetória do sol ao longo do dia para maximizar a captação energética. Dessa forma, o Museu do Amanhã tem uma economia energética de até 50% em comparação com as edificações convencionais.
Google Bay View – Vale do Silício, Estados Unidos
Seguindo o mesmo conceito estrutural do Museu do Amanhã, o campus do Google, no Vale do Silício, inaugurado em 2022, foi projetado para aproveitar ao máximo a entrada de luz natural e é uma edificação livre de carbono em 90% do tempo, o que significa que ele opera utilizando fontes de energia que não emitem dióxido de carbono (CO₂).
Isso acontece principalmente devido ao uso de painéis solares que geram energia renovável e reduzem a dependência de fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis, já que o campus possui 50 mil painéis solares capazes de gerar energia suficiente para praticamente anular a necessidade de outras fontes de energia. Além dos painéis solares, o projeto arquitetônico foi desenhado para formar uma espécie de “escama de dragão”, que possibilita a captura da luz do sol de vários ângulos e faz com que a iluminação natural entre de forma mais difusa no prédio.
La Seine Musicale – Boulogne-Billancourt, França
Com estrutura predominante em madeira e vidro, o La Seine Musicale é um complexo dedicado à história da música, apresentações e opções de alta cultura localizado na Île Seguin, em Paris.
Projetado para ser o mais ecológico possível, ele possui fachada em vidro para receber bastante iluminação natural e diminuir a necessidade de luz artificial durante o dia, demandando pouca energia para iluminação interna enquanto há luz do sol, além de ser equipado com um “véu solar fotovoltaico” móvel de cerca de 1.000 metros, instalado em uma estrutura que se move ao longo de um trilho de 90 metros e permite que a estrutura acompanhe a trajetória do sol, maximizando a produção de energia e controlando a temperatura dentro do edifício com a sombra projetada pelo véu.
O complexo não é alimentado 100% por energia solar, mas a cobertura solar contribui significativamente para a sustentabilidade do edifício, já que a energia gerada pelos painéis solares funciona de forma complementar a outras. O projeto arquitetônico do La Seine é tido como um exemplo de design ambientalmente consciente na França e foi desenhado para minimizar o impacto ambiental por meio de muitas outras iniciativas sustentáveis, incluindo um telhado verde e separação de materiais recicláveis.
O que esses projetos arquitetônicos possuem em comum?
Os três projetos arquitetônicos destacam a preocupação com o meio ambiente e utilizam a energia solar como meio para diminuir o impacto ambiental. Eles criam designs modernos e disruptivos que transformam a aplicação de placas fotovoltaicas em uma opção criativa para solucionar problemas comuns em grandes edifícios, como a falta de entrada de luz natural e o excesso de calor ocasionado pela incidência da luz solar.
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