Em um cenário onde os custos operacionais impactam diretamente a competitividade da indústria e do varejo, entender as diferenças entre a energia solar (fotovoltaica) e a energia elétrica convencional pode representar, entre outras coisas, maior competitividade nos negócios.
É necessário que os empresários estejam cientes dos custos finais de cada uma dessas fontes energéticas, especialmente quanto aos os maiores gastos que resultam do uso da energia comum, sempre afetada por tarifas que aumentam com frequência e bandeiras tarifárias.
Em 2025, a projeção é que a conta de luz pode ficar mais cara, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com um reajuste médio das tarifas de 3,5% em todo o país.
Essa incerteza quanto aos custos da conta de energia, aliada a fatores como o auxílio no cumprimento de regulamentações ambientais, algo que valoriza a marca no mercado, respondem por que o setor de energia solar tem uma projeção muito positiva para 2025.
Continue a leitura e veja as principais diferenças que a utilização da energia solar e da energia comum oferecem aos consumidores.
O que é a energia solar?
Obtida a partir da luz e do calor do sol, a energia solar é considerada uma fonte limpa, renovável e sustentável, por não haver geração de poluentes nem de resíduos durante a sua produção.
Ela é convertida em eletricidade por meio de painéis solares fotovoltaicos, instalados em telhados, terrenos ou estruturas específicas, que captam a radiação solar e a transformam em energia elétrica utilizável em residências, empresas e indústrias.
Uma de suas principais vantagens é a menor dependência da rede elétrica pública, o que reduz significativamente a conta de luz. Em alguns casos, aliás, o valor pode chegar perto de zero (especialmente em sistemas de compensação com a rede elétrica).
Livrar-se de eventuais falhas no fornecimento convencional também é algo positivo para quem decide pela instalação da energia fotovoltaica. Para as empresas, a importância em relação a isso é que, mesmo com a queda de energia, a operação do dia pode continuar sem maiores alterações.
Também a respeito das vantagens econômicas, os sistemas fotovoltaicos possuem vida útil de mais de 25 anos, o que permite um planejamento financeiro mais preciso e de longo prazo.
O retorno sobre o investimento (ROI) costuma ocorrer entre 3 e 7 anos, dependendo do perfil de consumo.
Por fim, há os incentivos fiscais por parte do Poder Público, aplicáveis para quem investe em energia solar, como a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o desconto do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em alguns municípios brasileiros.
O que é a energia comum?
A energia comum ou energia elétrica tradicional (ou convencional) é aquela que a maioria das pessoas utiliza em casa, fornecida pelas concessionárias públicas por meio da rede elétrica.
Dependente da infraestrutura centralizada do sistema elétrico nacional, ela é gerada por meio de usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares, que utilizam recursos como água, combustíveis fósseis ou materiais radioativos.
O alto impacto ambiental para a construção da infraestrutura dessas usinas é outro ponto a ser discutido, já que há alagamento em grandes áreas no caso das hidrelétricas, o que altera toda a fauna e a flora local.
A energia elétrica comum também afeta o bolso do consumidor, que fica à mercê dos valores da conta de luz, como em casos de bandeira vermelha, que elevam as tarifas de consumo de eletricidade aos valores mais altos durante as crises hídricas provocadas pela escassez de chuva ou por mal planejamento governamental.
Além disso, há as interrupções no fornecimento de energia elétrica, os famosos “apagões”, que deixam os consumidores “a ver navios” devido à falha no funcionamento da rede.
Diferenças entre energia solar x energia elétrica comum
Existem diversos aspectos a serem avaliados na hora de escolher a melhor opção para a sua empresa.
Veja a seguir algumas das diferenças operacionais sobre o uso da energia solar e da energia elétrica comum:
Tempo de implantação
O tempo de implantação é um fator que diferencia bastante a energia solar da elétrica convencional.
No caso da energia solar, a instalação de um sistema fotovoltaico pode ser concluída em poucos dias ou semanas, dependendo do porte do projeto, o que permite uma adoção rápida e prática.
Já a energia elétrica comum, por depender de uma infraestrutura pública centralizada, exige grandes obras e investimentos, levando anos para ser construída ou expandida em determinadas regiões.
Controle sobre consumo
Enquanto a energia solar oferece ao consumidor um controle muito mais direto sobre o próprio consumo, já que é possível monitorar em tempo real tanto a geração quanto o uso da energia, na energia elétrica convencional o controle é limitado ao que é registrado pelo medidor da distribuidora, o que dificulta o acompanhamento detalhado do consumo energético diário.
Variação de preço
No quesito variação de preço, a energia solar se destaca por oferecer custos mensais muito baixos e facilmente previsíveis depois do investimento inicial no sistema fotovoltaico.
Já a vulnerabilidade da energia elétrica comum a reajustes tarifários, inflação, entre outras questões impostas pela distribuidora, tornam o valor da conta de luz instável e difícil de projetar.
Produção distribuída x centralizada
A energia solar é considerada uma forma de geração distribuída, o que significa que a eletricidade é produzida no próprio local onde será consumida, o que aumenta a eficiência do sistema.
Baseada em um modelo de geração centralizada, no qual grandes usinas produzem a energia que precisa percorrer longas distâncias por redes de transmissão até chegar ao consumidor final, a energia comum corre o risco de passar por desperdícios, em um sistema mais vulnerável a falhas.
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